2011-02-28

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Consegui escapar. Cigarros. Rua. Aromas. Cheiros reais. Pessoas.
Encosto-me a uma parede, acendo um cigarro. Fumo-o o mais rápido que consigo. Pessoas, mais pessoas. Faces. Há quanto tempo não via faces. Rostos que não são os meus. Quando volto à prisão? Questões, mais questões. Tenho que ser rápido. Pensa.
A paixão onírica no átrio da origem. Ele leva a nota ao odioso mensageiro enumerando quantos ultimatos este receberá.
Quer-me? Não sei. Olhos castanhos, penetrantes. Não me dizes nada. Estou à espera. Estás em silêncio. Eu mantenho o meu silêncio. Não quero que me denuncie.
Sinto-os a perseguir-me. Acendo outro cigarro. Começo a correr. Faces olham-me enquanto eu as observo. Corro. Sou apanhado.

2011-02-26

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Lido com a incapacidade de liderar as personalidades. Sou eu o reflexo. Não sou eu. No início houve paz mas logo que tive a primeira dúvida dividi-me. E após essa divisão em duas facções que desejam o oposto, não tardou que se dividissem em mais duas. Essas duas dividiram-se em quatro. Perdi a conta…
Neste momento somos já duas facções apoiadas por várias partes. Eu conto com o apoio de várias personalidades que me são fiéis, mas tenho o Medo. O Medo é uma autoridade que, apesar de estar do meu lado, só atrapalha. Do outro lado não acontece isso. Eles fazem o que eu quero fazer mas não posso. Cumprem feitos que eu não ouso fazer.
O pior é que, de quando em vez, eu próprio me vejo inclinado para a outra facção.