2011-04-07

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Eu vi um sapo. O sapo era colossal, do meu tamanho. Disse-me que me odiava desde que se lembrava mas não queria dizer porquê. Revoltado, insisti. Ele não me quis dizer. Ameacei-o com um cigarro. Ele não cedeu. Pus-lhe o cigarro na boca e vi-o vomitar as entranhas a uma distância segura.
Esperei que ele se recompusesse. Não aconteceu.
Esperei dias. Inutilmente. Já não esperava pelo sapo, sei-o com certeza. O sapo começou a cheirar mal. Eu esperei. O sapo desintegrou-se. Eu esperei. 

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