2011-05-06

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Atiraram-me uma pedra. Atingiu-me em cheio na cabeça. Não estava à espera, o que faz com que ainda doa mais. Nem a vi a chegar. Não sei quem a atirou.
Derrubou-me.
Dói.
Dói tanto.
Dói-me não só a cabeça mas o âmago, estrangulado por uma força que não decifro. Há coisas que querem sair mas não podem. Estão vedadas. Eu sou a minha própria vedação. Não me magoa mais a ferida aberta provocada pela pedra. Só magoa lá dentro, no fundo. Anseio por uma resposta que não chega.
Depois, o vazio. O medo continua. Escondo-me de ti. Tu escondes-te de mim lá no fundo. 

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