Nas margens confusas
dos grandes rios negros, no emaranhado dos seus afluentes, as ilhas
multiplicam-se. É aqui que procuro um novo refúgio. Desbasto a vegetação, subo às
montanhas esculpidas, tento falar com os nativos mas é-me negada a entrada em
cada uma das ilhas. Digo que só quero viver no topo das montanhas, onde ninguém
vai, onde o vento e a chuva fustigam com maior intensidade. Ninguém abdica do
espaço. Tratado como um pária.
Com a noite cresce a
aflição. Ouve-se a música que magnetiza. Porém é a noite que traz as memórias
distantes e é a música que as transporta. Os músculos sofrem espasmos enquanto
fujo das sombras que não me perseguem.
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