2012-01-21




O dizer que se estou sozinho é tão falacioso como dizer “Vou embora para nunca mais voltar.” Fomos abandonados... “Deixa lá. Um dia destes tudo acabará, provavelmente antes que comece. Que estás a querer dizer? Um dia destes verás. Estão todos contra ti e todos te odeiam. És estranho. Nada mais és que um nada. Falta a concentração, falta tudo. Mata-os!” 
Recomendação de um mau conselheiro. É tal o ponto onde chegam quer a estupidez quer os mal-entendidos que no final do dia a contagem dos mortos ultrapassava o milhar. Atraí primeiro aqueles que me eram mais próximos e incitei-os contra a facção rival. Farto de batalhas prescindíveis, comecei o extermínio. A minha mente um cemitério. É fácil matar quem não existe. Silêncio. Em tempos estagnados, silêncio. A Solidão pôs-me no lugar. Quis achar que era dono da casa e isso valeu-me a expulsão da mesma. Só a Solidão pode escolher os seus inquilinos. 
 O Alienígena. 
O frio do relento é como a falta de um corpo que me possa tocar. O calor da fogueira é como esse mesmo corpo aquecendo-me no respirar gélido da noite. 
.

Sem comentários: